Xadrez como ferramenta terapêutica
Na escola que
participo de um trabalho voluntário durante uma reunião sobre o desempenho dos
estudantes num curso preparatório e reforço, a fim de prepara os mesmos para
acesso a uma Escola Técnica. Nesta oportunidade foram expostos diversos
problemas de comportamentos não participativo deste ou daquele aluno, problemas
de hiperatividade, ansiedade etc. Então, lembrei-me do xadrez como ferramenta a
fim de ajudar a instituição como foi aplicada numa escola de Santa Maria,
cidade satélite de Brasília-DF. Entretanto, a proposta foi prontamente recusada
visto que a diretora não acreditava que um jogo servisse de ferramenta para uma
atividade educacional ou terapêutica. Então, resolvi pesquisar em livros e na
internet sobre o assunto: xadrez terapêutico. Fiquei surpreso com a quantidade
de artigos e textos sobre o assunto, e como tem gente trabalhando esta ideia.
Figura 1 – Jogo de Xadrez
O uso do xadrez como
uma ferramenta terapêutica, ou mesmo, uma forma de terapia recreativa, para
pacientes de psiquiatria não é uma atividade nova. Na história existe
referência de que no terceiro século A.C., Hipócrates, médico e escritor grego,
prescrevia o xadrez como poderoso lenitivo para diarreia e erisipela, causadas
por tensão nervosa, excesso de trabalho e atividade etc. Mais recente, no início
do século passado, Franklin K. Young (http://www.chesshistory.com/winter/extra/young.html)
escreveu que um grande capitão da indústria, “a conselho de seu médico, deixou
de lado todos os negócios e, durante um período de folga forçado, passou a
estudar como se jogava xadrez com mestres contratados, em cuja imersão nesta
atividade reencontrou a saúde e o controle de suas atividades”. As aplicações
acima fazem referência a pacientes submetidos a stress, tensão e estado depressivo,
que trocaram suas rotinas pela atividade de jogar xadrez por um período, para
recuperação da saúde e retomada da atividade normal.
Figura 2 – Peças do Jogo de Xadrez
Em janeiro de 1949, o
Journal of Mental Science registrou
que pacientes de um hospital com doenças mentais foram organizados em equipes,
para jogar xadrez contra alguns clubes da cidade. O jornalista espanhol Leontxo Garcia
que por meio de seus artigos no jornal El
Pais, entrevistas em rádio e conferências, defende que o xadrez é o melhor
jogo para prevenir ou retardar a doença de Alzheimer, e o envelhecimento do
cérebro. E a aplicação do jogo como terapia ocupacional para os pacientes da
terceira idade.
A terapia do xadrez não só aplica-se aos idosos, mas também nos últimos vinte anos ganhou uma grande repercussão no tratamento de crianças hiperativas, ansiosas e com déficit de atenção. Também, foi possível aplicar com sucesso a pacientes antissociais que apresentaram melhora significativa em suas condições morais e sociais. Tendo em vista as características do jogo que desenvolve a habilidade de pensar, a pensar organizadamente, a fazer cálculo, a criatividade, a intuição e o pensamento crítico.
Todos estes elementos favorecem ao uso terapêutico do jogo de xadrez, principalmente, nos países onde este jogo é grandemente popular.
Para ilustrar nossa abordagem recomendamos que veja o vídeo do youtube a "Vida em miniatura" um
vídeo-documentário sobre xadrez. https://youtu.be/W0Bhnk9CJ3s
Também segue o link do youtube de outro vídeo que recomendamos, para você ter mais informações sobre o assunto abordado. Vídeo: "o xadrez como ferramenta pedagógica nas escolas" https://youtu.be/hwTreQh5Cjw
Bibliografia
Horton, Byrne J. – Moderno Dicionário
de Xadrez, IBRASA, São Paulo, 1973.
Site em referência
Autor: Paulo
Sérgio e Silva
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