Difícil de perder, mas perdeu!


Em novembro/2018, no VII Torneio Onofre Lopes na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Imagine um torneio com 232 inscritos, e um Ginásio com mais de uma centena de tabuleiros diante de um publico que ocupou parte das arquibancadas, a maioria formada por familiares. Tudo estava muito bonito, muitos participantes, que se movimentavam a cada intervalo entre as rodadas de jogos. A cadência do jogo de xadrez foi o rápido, visto que este torneio seria disputado em sete rodadas. Sabemos que no xadrez rápido não é necessário anotar, mas existem posições ou mesmo partidas que se fazem inesquecíveis.



Pela primeira vez estava participando de um torneio deste tipo, que é uma verdadeira maratona em sete rodadas. Enquanto, o imbatível MI Máximo Iack Macedo (6,5) liderava o torneio, eu estava no meio dos contendores médios enfrentando alguns problemas, devido minha falta de condicionamento. Quando pessoalmente, encontrei a minha posição inesquecível e marcante de todo o torneio.




E precisamente na sexta rodada, penúltima do torneio, chegamos a uma posição difícil de perder. Ter uma torre de vantagem, confiança e um; certo otimismo do “já ganhou”. E aquele sentimento de ganhar o mais rápido possível estava latente. Mas, existia a possibilidade de contra-ataque, pois a Dama branca apoiada pela Torre sobre o Peão do Bispo preto, e o Peão da Torre na sexta era uma arma a ser usada a qualquer momento.




No momento crucial da partida uma mistura de confiança, tempo minguado e o medo de sacrificar a torre e não dá certo. A cegueira fez imaginar que a torre branca retornaria para a linha 1, casa f1, defendendo a torre, mas isto seria impossível. Visto que o Rei ocuparia esta casa. Que gosto amargo de uma derrota oriunda de uma posição vitoriosa. É duro, mas o jeito é aproveitar e saber que o xadrez é bonito por isso.

Fonte: Diagrama de análise gerado no site "chess.com", o qual sou cadastrado.

Autor: Paulo Sérgio e Silva
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