Um pouco de Xadrez e seus prodígios.
Estão aparecendo prodígios no jogo de
xadrez cada vez mais jovens. Nestes dias onde o computador se fazem presentes
em todas as atividades humanas, mergulhando a grande maioria dos letrados da
terra em toneladas de informações. E os pequeninos não podem escapar. As
crianças começam a manusear dispositivos eletrônicos ao mesmo tempo em que
estão aprendendo a falar. Neste cenário, o que podemos observar é que houve um casamento
perfeito entre o xadrez e o computador, que se transformou num dos instrumentos
que auxiliam os jogadores de xadrez do aprendizado, fase inicial, até o
treinamento mais sofisticado dos Grandes Mestres. Quando o xadrez é apresentado
a uma criança dentro deste ambiente, este se desenvolve grandemente neste
terreno fértil. Lembrei-me das declarações do grande campeão Magnus Carlsen,
que li em um artigo, onde ele falou que quando criança sempre estava jogando
xadrez no computador, um oponente incansável.
Figura 1-Foto de Souhardo Basak aos 10 anos
Pense porque uma criança sempre causa
admiração. – Que inteligente! Dizem todos. Talvez, porque uma criança pareça
mais vulnerável. É sempre assim, quando não temos nenhum vinculo com os contendores de um "match".
Sempre que o lado dito mais fraco, vai enfrentar um oponente sabidamente mais
forte, temos como tendência, passar a torcer pelo lado que aparenta ser o menos
favorecido. Assim como se o jogo fosse disputado por um David, pseudo mais
fraco, contra Golias. – Quem é que não torceria pelo menor. Isto é, intimamente
lá no coração adoramos uma possível “zebra”. Então, no xadrez de vez em quando
aparece uma criança que vai ganhando as partidas inesperadamente, mesmo diante
de jogadores renomados. E vão abrindo seu espaço nos torneios entre os adultos,
envoltos de uma plateia de admiradores.
Vamos citar alguns poucos
exemplos de crianças, que logo se tornaram grandes. No campeonato de Nova Jersei de 1957 apareceu um garoto de 14 anos,
chamado Robert Fischer, que venceu J. Sherwin (USA) e se tornou campeão dos Estados Unidos. Outro exemplo foi o de SergeyKarjakin (RUS), que se tornou o Grande Mestre (GM) mais jovem da história aos 12
anos e 7 meses. E Magnus Carlsen (NOR), atual campeão mundial, que se tornou GM aos
13 anos e 4 meses. Um exemplo mais recente, foi o garoto Vincent Keymer (GER) que
aos 13 anos venceu um torneio com 49 GM.
No diagrama deste artigo trazemos uma
partida, que ilustra bem esta questão de prodígios no xadrez. Imagine a
vitória de um tímido menino de 10 anos de idade sobre um Grande Mestre. Isto
aconteceu em dezembro de 2017, quando o menino Souhardo Basak (IND) enfrentou o GM Adam Tukhaev (UKR), em torneio aberto realizado
na cidade de Bhopal (IND), logo na primeira rodada. Veja como foi o desempenho do garoto numa partida em que o GM cheio de cofiança resolveu comer um peão envenenado.
Diagrama 1 – Partida de Souhardo Basak (IND) vs GM Adam Tukhaev (UKR).
Abaixo compartilhamos um vídeo da partida de Magnus Carlsen aos 12 anos de idades contra um Grande Mestre, onde o nosso campeão atual demonstra suas abilidade juvenil apresentando um pouco da força do grande enxadrista, que iria se formar.
Podemos concluir que neste mundo de computadores e xadrez cada vez mais novos prodígios surgirão com maior frequência.
Referência:
- O diagrama da partida ilustrativa
foi gerado e comentado por mim no site “chess.com” ao qual sou filiado;
- A anotação das Peças= inglês/ português:
Torre=R/T; Cavalo=N/C; Bispo=B/B;
Dama=Q/D; Rei=K/R; Peão=P/P;
- Compartilhamos o vídeo do youtube: “12-year old Magnus Carlsen’s amazing queen sacrifice” da
Remote Chess Academy.
Autor: Paulo Sérgio e Silva
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