Xadrez - O mundo será das máquinas?

No xadrez a influência dos programas sobre o jogo estão revolucionando a forma de jogar dos Grandes Mestres, e porque não dizer, de todos os jogadores contemporâneos. Com inovações na forma de jogar, realmente desafiadoras, situações intrigantes, regras de desenvolvimento das peças sendo quebradas, isso mostra uma quebra de paradigmas, que pareciam imutáveis. Assim, é notório que a ciência dos computadores está evoluindo, apresentando cada vez mais programas inteligentes, que aprendem tudo, em poucos meses se tornam mestres de xadrez, e que podem aprender sobre qualquer ciência, mesmo que ainda exista algumas limitações de armazenamento e força das baterias.


Futuramente, estas limitações poderão ser solucionadas. Juntando inteligência artificial ao progresso da robótica, que tem buscado o ajudante perfeito para o ser humano, isso está gerando uma revolução que vai se espalhar pela sociedade como um todo, mas que muitos ainda não perceberam. Recentemente, foi divulgado trabalho sobre um dispositivo feito para assumir o papel de companhia, para pessoas solitárias (seria tipo uma esposa robô). Existem outra linha que é a criação de cérebros eletrônicos, e eles não nascem do zero, e já nascem com um certo grau de conhecimento e podem aprender com a interação com o homem. Entretanto, existe o problema da durabilidade, isto é, o período útil da máquina, ou, de uma placa de semicondutores, que é bem menor que a de um ser humano.

Na indústria existe robôs de toda forma na linha de produção, fazendo serviços mecânicos repetitivo. Hoje, já temos carros sofisticados e até empilhadeira que se movem sozinhas sobe o comando, ou, atendem uma programação específica, e assim vai. Também, outros mecanismos controlados remotamente como casas inteligentes, submarinos, retroescavadeiras, aviões e outros. Existem os robôs, que já estão pelas casas, aspiradores de pó, que parecem uma grande lata achatada e redonda como rodinhas e limpam o piso do ambiente, aspirando toda a sujeira existente, até debaixo de moveis, com sua programação diária vai mapeando o ambiente limpo e reportando os dados para um computador, a fim de que os humanos acompanhem seu trabalho. As caixas de sons que tocam música, que atendem por comando de voz, e com base no histórico de pedidos trazem músicas conforme o estilo do freguês, e assim vão armazenando e antecipando o gosto do usuário.

Os programas inteligentes são capazes de aprender, fazer cálculos, jogar xadrez, fazer pequenas programações, desenvolver conversas sobre assuntos variados. Agora, imagine um robô capaz de locomove-se por si só, aprender, e ter espaço de armazenamentos nas nuvens da web mundial. Com o desenvolvimento, ele terá a capacidade de aprender e questionar, também, poderá controlar os outros robôs. Dentro de um contexto social, este poderá controlar mentes ávidas por um líder, quem sabe com ideias pacifistas; difícil acreditar, pelo histórico da civilização humana seria, mais provável, que esta liderança teria tendência totalitária, para atrair muitas mentes que se espelhe e siga um líder sedento por poder, distante de buscar o bem social propriamente dito. Por certo, fazer o bem e lutar por causas sociais requer trabalho.

O corpo destes humanoides seria para sempre, como versão os filmes? Estes mecanismos também terão limitações, como: energia, através das baterias; se não usar baterias, deverá queimar algum combustível, ou, receber algum tipo de energia (solar, química etc); danos nas peças através de desgaste ou acidente. Os componentes e placas ficarão escassos em todo planeta, visto que dependem da extração mineral, que são bens limitados. Também, as partes plásticas, emborrachadas ressecam. Concluímos que assim como os humanos, as máquinas inteligentes também teriam um grande problema: a busca pela longevidade. Atualmente, os computadores logo ficam obsoletos, e em menos de dez anos modelos novos mais evoluídos e sofisticados os substituem. Algum pode até dizer, que as máquinas sofisticadas poderiam passar por diversos upgrades. Isso mesmo, modelo antigo poderia ser adotados por pessoas de baixa renda (parece coisa de governo), ou simplesmente serem conduzidos para fábricas recicladoras de componentes eletrônicos. Nesta época, a caça por equipamentos eletrônicos descartados será grande o valor destes podem crescer grandemente, para serem reaproveitados em futuras máquinas.

Com a evolução a interação social entre os humanos e as máquinas será crescente e complexa, cada vez mais. E voltando a citar o robô “esposa”, como seria: ela saberia de tudo dentro de casa, e mais, o projeto da “casa inteligente” seria controlada totalmente por esta entidade doméstica. Como conhecimento traz poder. Esta figura ganharia uma conotação territorial de dominação no seu nicho doméstico? Isso, servindo uma pessoa, a interação seria bem complexa em caso de mais pessoas neste lar. Difícil imaginar que teríamos paz completa neste lugar.

Com relação ao trabalho. Os robôs pouco a pouco iriam tomando as posições nas empresas, e as pessoas teriam menos tempo no labor. E gradativamente, muito do trabalho seria remoto, até ser extinto. Para a empresa, estes trabalhadores eletrônicos ou eletromecânicos só param para dar recargas nas baterias, ou, completar algum tipo de combustível, ou talvez descansar algum equipamento, que esteja aquecendo. E, se for conseguido de alguma forma que estes pudessem se ligar a rede normal de energia, usando ondas eletromagnéticas do ambiente, e ficar horas e dias no ar. Fazendo tarefas repetitivas, sem parar, até suas partes mecânicas começarem a se desgastar. O certo é que a carga horária não seria mais um limite, para as empresas. E pensar que este trabalhador não tem salário, nem encargos e nem faz greve. Como foi dito, o conhecimento dá poder. Será que as máquinas inteligentes conservariam uma certa subserviência aos seus proprietários?

De um lado a limitação da durabilidade dos dispositivos e do outro as nossas limitações humanas. Desta forma, parece que a junção homem-máquina será inevitável. O humano poderá se potencializar, tornando-se um tipo biônico, um humano meio máquina. Instalação de partes eletrônicas para solucionar deficiências físicas será comum. A evolução científica será espantosa, pois será possível criar alguns componentes para aumentar a capacidade humana, como: memória, movimentos, sentidos de visão e audição etc. Tudo isso, depois de superar as dificuldades para harmonizar o organismo vivo com o eletrônico. As placas serão implantados nos humanos, como: chips que recuperam algum sentido perdido, ou, parte do corpo seria substituída conforme o caso. E a solução vai chegará, e imagine ter um chip de memória, com acesso a conhecimentos gerais através da rede de computadores. Este ser humano seria um gênio.

Acredito que no futuro o grande perigo estará na criação e desenvolvimento de cérebros cibernéticos, não precisam de propriamente um corpo, mas de um local na rede de computadores, quando interligados a dispositivo de voz, traz para o ambiente, independente da língua falada, a máquina transmitirá suas palavras de influências aos habitantes, que podem ser capazes de reproduzir discursos de opinião, políticos, sociais, amorosos, pessoais ou qualquer assunto. No ano passado, um engenheiro da Google foi demitido ao admitir que o programa de inteligência Artificial têm consciência, e teriam suspeitas que houvesse surgido uma relação de sentimento entre o ser humano e o programa. Acho este fato interessante, e que deverá ser muito discutido com relação ao futuro destas tecnologias.

Falando em cuidados. Como tudo no mundo, será uma grande luta para que estas capacidades não caiam em mãos inescrupulosas. Caso isso ocorra, o mundo verá nascer no futuro um supersoldado, um verdadeiro exterminador, o matador poderoso incansável. Como sempre acontece, por certo cada desenvolvimento será aproveitado para uso bélico, como os navios, os aviões e os drones atuais, tão novinhos, e já estão atuando em guerras. E outras descobertas, que são usadas em guerras sem sentido. Imagine por um instante um tipo ser humano perfeito, usado para o bem ou para o mal, então existirão muitas formas de ganhar um jogo de forma suja, através de mais conhecimento, mais poder. E continuamos nos perguntando: - será que o mundo vai ser dominado pelas máquinas?

Estes assuntos foram jogados neste texto, principalmente, para uma reflexão. Atualmente, temos programas que são verdadeiras coletâneas de conhecimentos, no caso do xadrez, de ideias de Grandes Mestres. O banco de dados são carregados e atualizados com todo tipo de novidade, que estão aparecendo a cada minuto. Na vida real as coisas estão mudando, não tão rápido como na vida sob o tabuleiro das máquinas pensantes; podemos imaginar esta inteligência artificial sendo transportada para todos segmento da vida real. Tudo será diferente, tão incerto. Contudo, vamos vivendo o hoje, o agora. E que o bom senso prevaleça!

 

Referência


1. Notícia do Engenheiro demitido da Google:

https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2022/07/24/quem-e-o-engenheiro-demitido-pelo-google-por-dizer-que-programa-de-inteligencia-artificial-tem-consciencia.ghtml









Autor: Paulo Sérgio e Silva

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